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vinho tinto

vinho tinto

31
Mar19

do corpo I

as lágrimas

de saliva

escorrem sedentas

pela pele

os joelhos abrem-se lentamente

e anunciam o grito

no fundo quente

do deleite em silêncio

 

contorcer o corpo

num arrepio

24
Abr16

diário

porque no teu rosto há sempre uma fogueira

a ser o estelar brilho duma ondulada música

e na tua pele o infinito parece dar passagem

 

porque nos teus braços o mar navega solto

e no teu corpo real as estrelas adormecem

em harmonia com íntimos e coloridos desejos

 

é por muito mais que sorriem os sonhos

e teimo em ser o suspiro do sangue

na asa de um beijo furioso e faminto

 beijo

 

 

21
Abr16

diário

é nevoeiro o brilho das estrelas

quando da tua boca sai a indizível

teia de amor

 

é silêncio o rumor do mar

no geométrico infinito

do teu rosto

 

só nas nuvens é possível escrever as tuas mãos

e apenas no calor é que elas se movem lentas

inerente ao prazer do toque está a tua respiração

e a energia que ela transmite e revela aos sismos

 

é na furiosa agitação da carne que grito o teu nome

mas nas chamas do teu corpo arde a serenidade

e ignoras as exclamações de amor na minha voz

finges não perceber o sangue nos meus dedos

Nevoeiro

 

21
Abr16

...

deixa errar

as minhas mãos

até onde respiram as fontes

 

que ardam

entre os teus lábios

 

tocar-te como quem sonha

 

tocar agora o fulgor

e errar novamente até à fogueira breve

mergulhar

entrar

 

tocar-te como se respira

 

tocar

 

19
Abr16

diário

contigo imaginar o teu nome

e a simplicidade com que incendeia

os filamentos do sonho

a inocência

 

e a extrema lucidez do infinito

 

o que sobra depois dele?

um céu sem estrelas?

um poema sem sílabas

um oceano sem ondas

 

dunas de silêncio no corpo

teias de solidão nos olhos

lágrimas que a música liberta

sand-dunes

 

19
Abr16

diário

espero o silêncio ardente dos pássaros

para poder nele ver a solidão das estrelas

e a cruel navegação da saudade no corpo

 

a imobilidade do branco e do cimento

faz pesado o infinito e atenua memórias

sem que a eternidade as condense

 

a impaciência desfaz a poesia durante o silêncio

e apaga a perfeição escaldante dos moinhos de fogo

nas avenidas de sangue que os orgasmos desenham

com canetas de carnal desejo

 

anéis de versos e vozes sangrentas estrangulam

o único despertar permitido ao palpável

esfaqueiam a liberdade da criação

e os mapas de amor das letras

silêncio ardente dos pássaros

 

19
Abr16

...

desejo humedecido,

prazer recortado,

orquídeas unidas,

chamas curvas.

 

gemidos ansiados,

olhos escondidos,

nudez debruçada,

ondas fluídas.

 

elevado fulgor: travão do infinito

com lâminas de voz, luz e luar,

silhueta de noites que não começam

 

verso delirante que me liberta de vendas

e me embriaga com o próprio sangue:

mistério que te transborda do corpo.

curved-flames

 

16
Abr16

diário

desejar-te assim cego,

 no orgasmo do sol:

beber o ardor das estrelas

depositado nos teus dedos.

 

descer o teu cabelo

nas vertentes do teu sorriso,

navegar nos teus lábios

até às margens do teu beijo. 

cego

 

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