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vinho tinto

vinho tinto

24
Abr16

diário

porque no teu rosto há sempre uma fogueira

a ser o estelar brilho duma ondulada música

e na tua pele o infinito parece dar passagem

 

porque nos teus braços o mar navega solto

e no teu corpo real as estrelas adormecem

em harmonia com íntimos e coloridos desejos

 

é por muito mais que sorriem os sonhos

e teimo em ser o suspiro do sangue

na asa de um beijo furioso e faminto

 beijo

 

 

21
Abr16

diário

é nevoeiro o brilho das estrelas

quando da tua boca sai a indizível

teia de amor

 

é silêncio o rumor do mar

no geométrico infinito

do teu rosto

 

só nas nuvens é possível escrever as tuas mãos

e apenas no calor é que elas se movem lentas

inerente ao prazer do toque está a tua respiração

e a energia que ela transmite e revela aos sismos

 

é na furiosa agitação da carne que grito o teu nome

mas nas chamas do teu corpo arde a serenidade

e ignoras as exclamações de amor na minha voz

finges não perceber o sangue nos meus dedos

Nevoeiro

 

20
Abr16

diário

quando eu morrer não quero ninguém triste. costuma dizer-se que só a morte não tem remédio. não concordo totalmente. para quem fica e ama os que partem, mais que ter remédio, a morte pode, muitas vezes, ser um remédio, mas mais que remediar os que ficam têm obrigação de ser felizes. eu sei que é mais fácil falar que praticar e que a ausência física magoa muito, mas pensem: quem vos ama e parte, onde quer que esteja, quererá ver-vos tristes? duvido.

outro motivo para não querer ninguém triste é porque a minha ausência física não o justifica. sejamos práticos: fisicamente só dou trabalho, emocionalmente estarei aqui.

quando eu morrer não quero ninguém triste.

triste

 

19
Abr16

diário

contigo imaginar o teu nome

e a simplicidade com que incendeia

os filamentos do sonho

a inocência

 

e a extrema lucidez do infinito

 

o que sobra depois dele?

um céu sem estrelas?

um poema sem sílabas

um oceano sem ondas

 

dunas de silêncio no corpo

teias de solidão nos olhos

lágrimas que a música liberta

sand-dunes

 

19
Abr16

diário

espero o silêncio ardente dos pássaros

para poder nele ver a solidão das estrelas

e a cruel navegação da saudade no corpo

 

a imobilidade do branco e do cimento

faz pesado o infinito e atenua memórias

sem que a eternidade as condense

 

a impaciência desfaz a poesia durante o silêncio

e apaga a perfeição escaldante dos moinhos de fogo

nas avenidas de sangue que os orgasmos desenham

com canetas de carnal desejo

 

anéis de versos e vozes sangrentas estrangulam

o único despertar permitido ao palpável

esfaqueiam a liberdade da criação

e os mapas de amor das letras

silêncio ardente dos pássaros

 

16
Abr16

diário

desejar-te assim cego,

 no orgasmo do sol:

beber o ardor das estrelas

depositado nos teus dedos.

 

descer o teu cabelo

nas vertentes do teu sorriso,

navegar nos teus lábios

até às margens do teu beijo. 

cego

 

15
Abr16

diário

disseste que te incomodava que eu o dissesse, mas sinto-me fraco e incapaz de o controlar, sinto-me como se o mar estivesse num copo e como se a noite me coubesse nas mãos.

eu sei que somos livres de dizer o que sentimos.

20_maquillaje_halloween_boca_cosida_featured.jpg

 

13
Abr16

diário

os teus dedos:

a luz mais clara,

matinais, de água.

fontes de aves.

 

não os receio:

respiro,

toco,

desejo.

 

transparentes navios,

onde cabem os sonhos.

navegam águas paradas

como gazelas em busca.

dedo

 

13
Abr16

diário

oito anos de avc. oito anos de imobilidade. oito.

obviamente que sinto falta de algumas coisas, mas há que ver o lado bom das coisas: tive mais sorte que muitos: não morri nem perdi a capacidade de amar. há SEMPRE um lado bom.

 

PS: Quase 10, agora...

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12
Abr16

diário

amo o teu rumoroso aroma a fonte

a forma delicada da tua voz

a misteriosa suavidade da tua pele

o puro ardor das tuas mãos nas minhas

 

para ti posso ser água ou fogo

ser a lentidão dos amantes ou

a brevidade do grito

na leve resistência do sangue

 

serei a seiva que te arde nas veias

um animal sem sombra no teu ventre

carne do teu ilustre anseio

 

serei gazela flutuante

ou a intimidade do linho

no corpo de uma serpente

fonte

 

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