sugestão da Estela Varanda
É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se
reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do
Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos
embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a
vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos
degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso
quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao
vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o
que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala,
perguntai-lhes que horas são;
e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro,
e o relógio, hão de vos responder:
É hora de se embriagar!
Para não serdes
os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos;
embriagai-vos sem
tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Tudo se
reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do
Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos
embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a
vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos
degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso
quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao
vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o
que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala,
perguntai-lhes que horas são;
e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro,
e o relógio, hão de vos responder:
É hora de se embriagar!
Para não serdes
os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos;
embriagai-vos sem
tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.