04
Abr16
avc-r
Há, pelo menos, uma coisa em que a Margarida é insubstituível: no que, ainda, sinto. Não acredito que algum dia surja alguém que a substitua nisso. Suspeito que nisso nem que eu viva um milhão de anos vou encontrar alguém que a substitua.
Outra coisa que duvido é que venha a conhecer alguém capaz da entrega que a Margarida me dedicava. Uma coisa é essa entrega começar antes do AVC, aumentar com o AVC e prolongar-se para além dele. Outra, completamente diferente, é começar depois do AVC. Se calhar estou a ser pessimista, mas conhecendo o que conheço de mim e das mulheres: as perspetivas não são boas.