Antes de começar uma nota prévia: não acredito no AVC. Não acredito estar a escrever isto e não acredito em vocês. Aliás, não acredito na vossa existência. O que já contei e o muito que vou contar sobre o AVC é, para mim, fruto da minha imaginação. Que, modéstia à parte, deve ser muito boa. No entanto, deste texto farão parte alguns trechos que, garantidamente, são bem reais - por exemplo uma viagem que vou contar ou a minha adolescência. Ou não.
Não acho importante que o que vou contar seja ou não verdade. Acho que a perceção que temos da realidade é mais verdade que ela própria. Que importa que esteja calor se eu tiver os pés frios? Fechar os olhos é a melhor forma que temos de olhar a realidade.
O livro continua a ser vendido e 50% do lucro de venda de cada exemplar reverte para a Associação Salvador. Para além do indicado o livro também pode ser encomendado a mim.
"Recebemos um donativo muito significativo do autor do livro «AVC Do Amor», Luís Abreu para apoiar a Associação Salvador!
Luís Abreu é tetraplégico e decidiu oferecer 50% do lucro obtido com a venda do livro. É a prova que todos nós enquanto cidadãos podemos fazer a diferença no apoio às instituições.
Poderá ainda adquirir o livro (11€) apoiando a Associação Salvador.
Poderá encomendar o livro através do mail luisfdsabreu@gmail.com
Obrigado Luís!!!"
AQUISIÇÕES (aqui há o ebook a 3€): https://www.chiadoeditora.com/livraria/avc-do-amor
- Para quê perder tempo? Já o fiz durante anos e perder tempo é a pior das perdas. É pior que perder a vida. Eu já perdi um deles e quase a outra – tenho bastante conhecimento de causa. Uns 85% dele.
quando eu morrer não quero ninguém triste. costuma dizer-se que só a morte não tem remédio. não concordo totalmente. para quem fica e ama os que partem, mais que ter remédio, a morte pode, muitas vezes, ser um remédio, mas mais que remediar os que ficam têm obrigação de ser felizes. eu sei que é mais fácil falar que praticar e que a ausência física magoa muito, mas pensem: quem vos ama e parte, onde quer que esteja, quererá ver-vos tristes? duvido.
outro motivo para não querer ninguém triste é porque a minha ausência física não o justifica. sejamos práticos: fisicamente só dou trabalho, emocionalmente estarei aqui.