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transcrevo
dos teus olhos
o furacão infinito
as minhas palavras
não são senão
tempestades a arder
em versos
nas tuas veias
os meus poemas
és tu
mesmo quando falham concordância.
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transcrevo
dos teus olhos
o furacão infinito
as minhas palavras
não são senão
tempestades a arder
em versos
nas tuas veias
os meus poemas
és tu
mesmo quando falham concordância.
tens um pássaro
a voar-te dentro dos olhos
e um lince nas veias
espero pela higiene
espero pelos bombeiros
espero pela fisioterapia na clínica
espero pela Ana
espero pela fisioterapia em casa
espero
ainda recordo bem o nó que me ensinaste.
a noite está muito densa
e apenas a prata
ilumina o fogo
sobre um muro de tijolos vermelhos
o calor incendiário de uma vela branca
aquece-me as mãos e o resto
o cabelo da vela está muito despenteado
mas isso não importa
porque está muito frio
e quero aquecer-me na sua chama
não no cabelo
o Sol está muito luminoso
e o vento não sopra
tudo é muito lento
um morango-moça-mulher
embeleza as muralhas
e as flores reais das casas de brincar
lembras-te do multibanco
e das pessoas que lá iam
sem saberem que estávamos muito juntos?
muito
injeto
fumo
cheiro
as letras são um vício
pior que o das palavras
a areia arranha metade da memória
à outra metade o teu corpo protege
como um morango ou cerejas
protegem os lobos